Reino Merovíngio

12.10.2022

Por Alex Federle do Nascimento

O Império ou Reino Merovíngio perdurou entre os anos de 481 a 751, descendentes de Meroveu (impôs sua hegemonia na Gália), os primeiros reis francos (constituíram o mais poderoso reino da Europa Ocidental) dessa dinastia passaram a ser chamados de Merovíngios. Os francos passaram a ser conhecidos na história a partir do século III, devido suas ações de pirataria nas costas do mar do Norte e por terra, no momento que a Gália sofria invasões por volta do ano 258. Os francos aproveitaram o momento em que Roma se encontrava enfraquecida, por causa das invasões bárbaras de 406, e assim, adentraram com o intuito de ampliar suas fronteiras.

O primeiro franco a iniciar o reinado merovíngio foi o neto de Meroveu, Clóvis. Este organizou campanhas militares, aliando-se à Igreja. Vez que, na Batalha de Tolbiac (496) venceu os alamanos, convertendo-se ao cristianismo. Em 500, junto aos visigodos venceu os burgúndios. Sete anos mais tarde acabou com os visigodos. Com o desenvolvimento administrativo e as conquistas territoriais, Clóvis ampliou as fronteiras do Reino Merovíngio. Sendo assim, foi de fato o fundador do reino, unificando todos os reinos francos. De certo modo, a conversão de Clóvis e/ou sua ligação com a Igreja fortaleceu o poder real. Após sua morte, o reino foi dividido entre seus filhos, como era de costume entre os francos, principalmente devido a disputa ocorrida entre os herdeiros. Mas, o reino foi unificado novamente com a chegada Clotário II ao poder em 613.

Dentro do Reino Merovíngio, o rei era tido como uma forma de patrimônio, esse indicava magnatas para funções administrativas. Esperando que fosse mantido com produtos de seu domínio. Com o passar do tempo, aos poucos, o sistema foi evoluindo até o feudalismo, durando suas expectativas até a Guerra dos Cem Anos.

Segue com a tabela abaixo uma linha cronológica aproximada dos reinados merovíngios e suas principais ações desenvolvidas por seus reis.


Reis Merovíngios - Ano em que assumiu o Reinado -  Principais Ações

Clotário I 558 Estabelece a capital do reino em Paris.

Clotário II 613 Consegue restabelecer a unidade merovíngia e herda outros reinos.

Dagoberto 639 Dividiu novamente o reino em dois, um na Austrásia e outro em Borgonha, a partir deste momento a nobreza foi perdendo forças.

Childerico III - Não resistiu ao poder dos carolíngios. Devido a dinastia está assumindo praticamente função formal.

Pepino III 750 Derrubou a dinastia merovíngia que naquele momento era liderada por Childerico III. Surgindo assim, a dinastia carolíngia.

Obs.: Acima contém apenas alguns dos reinados merovíngios.


Curiosidades:

Os Merovíngios assumiam os títulos de reis com 12 anos, sendo que, cabia aos Administradores do Palácio o cargo de governar.

Mesmo os merovíngios teoricamente convertidos ao cristianismo, tinham sinais ligados ao misticismo, pois acreditavam em seres místicos (a exemplo de Meroveu que acreditava em um segundo pai, que vivia no mar - o Quinotauro), e ainda, o motivo dos reis merovíngios terem cabelos cumpridos dava-se devido a Sansão (personagem bíblico) que continha a sua força nos cabelos. Por isso, Pepino ao derrotar a dinastia merovíngia mandou cortar os cabelos de Chiderico para mostrar superioridade e humilhar os merovíngios.

Os reis e rainhas detinham certo poder sob o poder eclesiástico, com isso, desfrutavam de algumas regalias. Vários foram os merovíngios que acabaram recebendo o título de santos, simplesmente por servirem de bispos e abades ou ainda por instituírem abadias.

A economia foi ruralizada devido a queda artesanal, a destruição de caminhos, e a falta de moeda que fez o comércio decair, com isso, as principais atividades econômicas passaram a depender exclusivamente da terra (agricultura).


BIBLIOGRAFIA:

ARRUDA, José Jobson de Andrade. História antiga e medieval. 2ed, São Paulo: Ática, 1977.

AQUIlES, Davy. Dinástia Merovíngia e Carolíngia - verbete d Bassa./dinastias-merovingia-e-carolingua.html, Os Merovíngios. 

SIQUEIRA, Andre Luiz. Os Merovíngios. 

WOLLMANN, Lauri José. Origem e declínio do Império Carolíngio. 

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